sábado, 11 de outubro de 2008
sexta-feira, 9 de maio de 2008
RELATOS
Pois é, não por vontade própria ou por minhas atitudes, assim creio.
Mas sim, por estar vivendo em uma sociedade assassina e negligente.
Não que eu me negue a ser vítima de revista,
Não que eu seja hipócrita por acreditar na inocência de todos,
Não que eu queira me defender das supostas acussões futuras.
Mas quero apenas revelar um lado crotesco e inerente
Ao ser humano, cabe instigar e ser instigado por outros
A ser responsável por hipotéticas utopias metafóricas
De seres inexistentes.
PROJETO 01 - textos 04
Por Raquel Longhi
Somos escravos da morte
Vivemos por ela
Consumimos ela
Nos servimos dela
Produzimos zumbis.
Já nascemos mortos
Tudo nos leva a pensar nisso
O consumo da alma
A perda da fé
Todos mecânicos.
Esperamos soluções imediatas
Para as nossas transformações
Humor e vícios
Carências e desilusões
Tudo se resulta em nossos atos...
E na nossa vontade me modificar.
Todos sentem, sentem muito
Por aquele guri que só tentou
Esquecer daqui.
Alicerces construídos por vingança
E raízes brotando sobre os pés
Cidades geradas por medos, traições e decepções.
Quem é você?
Quais são seus filhos?
Seu nome não estará contido nos livros
Sua geração não terá paz.
Parem...
Que carência constante
Abandono torna-se irrelevante a ausência
Gerações se repetem
Somos piores agora
Piores que nossos pais
E quem serão meus filhos?
A cada segundo sinto vontade de morrer
Sumir até não ver a luz...
As luzes me atraem na escuridão
E o que vejo são lamentos capitalistas...
Se estar morto depende do corpo
O que fazemos de pé?
A morte da alma
Da vontade de gritar
De criar
De renovar...
Sinta vontade de querer
De protestar
De se prestar.
Morte da alma
Preguiça inútil.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
PROJETO 01 - textos 03
Por Josias Silveira da Silva (27/04/2008)
Quisera eu
Poder morrer mais uma vez
Pra ver de novo
O preto sair do armário
E o luto do guarda-roupa.
E que a luz proveniente da vela
Se acendesse em um dia de chuva.
Chuva que embaça os óculos de quem chora.
Choram por causa de nada,
Choram por causa de mim,
Choram por causa da vida,
Choram por causa da morte.
Minha morte???
Não, morte dos meus sonhos,
Dos meus desencantos futuros,
Dos meus amores frustrados,
Das minhas canções não cantadas,
E dos meus versos que morrem comigo.
E se ainda minha morte fosse...
... É, fosse assim algo relevante,
Algo importante para os que ficam
Aqueles que ficam “sem eira nem beira”,
Aqueles que morrem todos os dias,
Por minha causa? Não, acho que não...
Por causa destes que o destino fez matadores.
Matadores de pessoas? Não simplesmente.
Matadores da dignidade e da inteligência,
Matadores das virtudes e dos erros,
Matadores da alegria e da esperança,
Matadores da humanidade e da sobrevivência.
Matadores? Quem são eles? Onde estão e o que fazem?
Sim, matadores somos nós, e estamos aqui, fazendo... O quê?
NADA!!!
Exatamente NADA!
PROJETO 01 - textos 02
Por Josias Silveira da Silva (26/04/2008)
O tempo é sempre imperativo,
Quer seja físico, mental ou metafísico.
Mas superior ao tempo é o meu pensamento,
Pois pode mudar...Sempre...Sempre.
Quest Vid
Por Josias Silveira da Silva (06/04/2008)
Por que vives tu?Vives para morrer!
Onde estão teus mortos?Eles estão todos vivos!
Vês a vida?Pois morres um pouco a cada dia!
Sois mortos-vivos? Pois o tempo é teu assassino!
Enigmas da vida
Por Josias Silveira da Silva (07/07/2007)
De asas atadas o homem vive,
Pés trançados e ombros caídos,
E olhos vendados.
Não se pode voar
Sem saber a direção do vento.
Não se pode cair
Se não tem solo.
Não se pode viver se não há amor,
Não se pode morrer se não existe vida.
PROJETO 01 - textos 01
Trechos de Poemas e Poesias
Em meio as mais sombrias aflições
Estou na solitária escuridão
Pensando, meditando, imaginando:
O que será de mim?
Será que algum dia,
Apenas algum dia
Vou ter a chance
De não chorar?
Aqui em meu quarto
Na escuridão da noite
Ouvindo a chuva lá fora
Batendo na calçada
Só o som dos pingos
Sobre a escuridão
Das mais sombrias trevas
No abismo da vida
Nossa vida
Nosso sofrimento
Nosso desrespeito
Para que viver?
Se seria tão bom
Dormir um sono
Profundo que
Fizesse esquecer
De todo o resto do mundo
A tormenta de sangue e lágrimas continua
As lamurias, o ódio são os mesmos.
O lamento de ser humano
De estar aqui agora
Apenas quero partir
Para um lugar que faça
Eu deixar de sofrer
De me acabar de ficar só pó
As lágrimas que caem do meu rosto
Como prantos ou pingos de chuva
Em dias de tempestade
Sombras, tristezas, ressentimento.
Meu coração sangra
Feridas...Sangue...
Tento não pensar e, você.
Mas não adianta
O coração não houve
Me perdi quando tentei me encontrar
Me perdi
Me perdi
Me iludi
Busquei um sonho que é só meu
Tentei me encontrar.
Por Tânia Silvestre
PROJETO 01 - quarta parte
Usaremos tintas acrílicas, pois se desvinculam facilmente da superfície, com o uso de água. Isso foi incorporado pelo grupo como algo que de fato acontece com o ser humano, ele se desestrutura com o uso de “certos” elementos e com o passar do tempo. O que provavelmente aconteça com o trabalho proposto.
PROJETO 01 - terceira parte
Vivemos em uma sociedade consciente que age, geralmente, inconsciente.
Se não conseguimos perceber a vida, nem os estímulos que o mundo proporciona, é porque já estamos mortos. Se a nossa vida, nada mais é do que a resposta que damos as sensações. Então quem não sente, ou não sabe sentir, precisa reviver. Ter em mente, que nós morremos a cada instante que deixamos de lado nossa capacidade preceptiva é algo crucial para, de fato, vivermos.
Porém, aí foi que encontramos uma defasagem da vida, pois a percepção é algo desconhecido da grande maioria da população, inclusive alguns bem informados, como acadêmicos, profissionais das áreas humanas, estudantes de ensino privado e secular, além de alguns professores.
Porquanto sentimo-nos “forçados” e intrigados a empregar o presente trabalho. Trabalho este, que consiste em provocar e promover sensações e estímulos, preferencialmente visuais, nas pessoas, para tentar reavivá-los, já que parecem estar substancialmente sem vida.
Para tanto, nos apropriamos da forma utilizada pelos investigadores criminais, para representar e circundar uma morte acidental, geralmente reconhecida como “morte precoce”. Mas ao invés de simplesmente contornar o “corpo”, iremos usar as palavras - arte de comum interesse pelos elementos do grupo - escrever textos referentes à vida e a morte, de autoria dos integrantes do grupo TRJ, como sugerem os exemplos a seguir.
PROJETO 01 - segunda parte
Paramos para nos questionar a vida...
Entre tantos devaneios e possíveis respostas, não conseguimos escapar do conceito de existência. Entretanto as respostas vieram sempre como perguntas:
- O que se entende por vida?
- Por que vivemos?
- Viver é simplesmente existir?
- Há um propósito intrínseco a nossa existência?
- É possível perceber a vida?
- Por que não percebemos todas as sensações que o mundo nos proporciona?
- É falta de estímulos?
- Não sentir a vida se esvaindo é inerente à morte?
- E o que de fato a morte representa?
- A morte tem implicações em terceiros?
- Se nós morrêssemos agora, deixaríamos de viver?
- Ao passo que a morte vem, eu me vou?
- Então, a morte é oposto da vida?
- Ou a morte coexiste com a vida?
PROJETO 01 - primeira parte
Proposta
Intervenção “urbana” em determinados locais da cidade de Caxias do Sul, entre eles:
- UCS - Universidade de Caxias do Sul;
- Passarela; Estacionamentos; Faixas de pedestres;
- Campus 08: estacionamento e entrada do prédio;
- Rótula em frente ao Hospital Geral;
- Praça Dante Alighieri;
- Praça Presidente João Pessoa;
- Fórum: rua paralela ao prédio;
- Prefeitura Municipal: estacionamentos;
- Parque Getúlio Vargas (Parque dos Macaquinhos): ciclovia;
- Centro de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho: parte externa do prédio;
- Parada de ônibus Estação Pompéia;
- Parada de ônibus da Catedral.
CONTACTOS
grupotrj@hotmail.com
Para contato individual com os integrantes do Grupo TRJ:
Josias: livethefrree@hotmail.com
ou josiassdas@bol.com.br
Tânia: taniasilvestre@brturbo.com.br
ou taninhas_tata@yahoo.com.br
Raquel: raquelbraz_7@hotmail.com
COMO TUDO COMEÇOU
- Erámos nós, e ainda somos,
- Colegas do mesmo curso acadêmico - ARTES -
- E de maneira singular, fomos trocando idéias,
- Incialmente de foco disciplinar
- Ora pois então nos descobrimos
- Com linhas de pensamentos coincidentes
- Ou nem tanto, ou nada.
- Porquanto, descobrimos, ainda,
- Que tinhamos objetivos similares,
- Enquanto propostas artísticas.
- Deste momento em diante falamos com mais frequência
- E com o passar do tempo nos tornamos "parceiros" em algumas atividades.
- E desta parceira surgiu um coleguismo,
- Do coleguismo uma possível amizade
- Com o passar do tempo
- E em função de nossos diálogos constantes
- Sobre "arte" e "a arte", decidimos formar um grupo de intervenções urbanas.
- O grupo TRJ,
- Nome extraído das iniciais dos nomes dos componentes:
- Tânia, Raquel e Josias,
- Tem por objetivo primordial,
- resgatar as potencialidades humanas,
- Que ao longo da história
- O homem foi desprezando e des-significando;
- Além de promover estímulos sensorias,
- De qualquer ordem ou gênero,
- A fim de transcender os limites
- Ou barreiras criados pelo homem,
- Para supostamente facilitar a vida,
- O que, diga-se de passagem,
- É uma metáfora do des-caso
- Frente as incompreenssões da humanidade.
- Querendo dar sentido a
- Uma existência vazia e sem propósito,
- Sugerimos que todos passem
- A perceber e a sentir a vida e morte
- Pois ambas caminham lado-a-lado com a nossa existência.